O programa Desenrola do Governo Federal deve ser liberado em breve. Com ele, mais de 37 milhões de brasileiros negativados poderão ter suas dívidas perdoadas. A iniciativa criada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visa ajudar a população de baixa a renda a sair do vermelho concedendo descontos na quitação de seus débitos.
Embora a medida não tenha sido lançado oficialmente, já foi autorizado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Programa Desenrola para brasileiros negativados
O Desenrola é um programa do Governo Federal em parceria com instituições financeiras. Por meio dele, os inadimplentes poderão ter descontos de até 90% em suas dívidas para limpar o seu nome. Segundo informações, os débitos acumulam R$ 50 bilhões.
Neste sentido, quando for liberado, o negativado poderá acessar o site do programa e fazer a consulta dos valores por meio do número do CPF. Assim, quem tiver valores a pagar vai encontrar no site quais são as opções de descontos disponíveis para cada uma das dívidas.
Quem poderá participar do programa Desenrola?
Para participar da iniciativa, o cidadão deve ter dívidas que já tenham passado do período de cobrança. Além disso, é preciso que os débitos tenham sido encaminhados para análise de renegociação pelos credores.
Segundo o Ministério da Fazenda, os descontos vão variar de acordo com o valor da dívida, além do tempo de atraso. Ademais, em alguns casos será possível parcelar o pagamento do débito.
Pelo programa Desenrola, os brasileiros negativados poderão encontrar a melhor opção de quitar a dívida sem comprometer o orçamento da família, de acordo com as possibilidades financeiras de cada grupo.
Quem começar a trabalhar não será excluído do Bolsa Família?
A Medida Provisória que trata do novo Bolsa Família assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última quinta-feira (2), traz uma regra que incentiva os beneficiários a ingressarem no mercado de trabalho, mas garantido apenas o retorno ao programa social caso percam o emprego.
Com isso, aqueles que recebem o benefício e conseguirem um emprego, mesmo ganhando uma renda superior ao limite estabelecido, não serão excluídos do Cadastro Único (CadÚnico). Assim, os novos trabalhadores saem apenas do Bolsa Família, mas continuam no banco de dados do governo.
Neste cenário, a exclusão da inscrição no CadÚnico, agora, passa a ser feita se dois integrantes da família conseguirem emprego com carteira assinada ou caso a renda familiar ultrapasse bastante o limite. Lembrando que o sistema de dados foi criado para incluir as famílias de baixa renda em programas sociais.