Dentre os benefícios pagos pelo INSS, um dos que são mais solicitados é o de salário-maternidade. Ser mãe com certeza é uma grande experiência, mas conciliar carreira e maternidade não é uma tarefa nada fácil. Uma das grandes certezas da vida é que filhos gastam dinheiro.
As despesas precisam ser cobertas, sejam temporárias ou permanentes. Desta forma, considerando a necessidade de amamentação, além de outras garantias asseguradas em lei, é oferecido às mulheres grávidas o salário-maternidade.
Mas será que o INSS tem direito de negar esse benefício? Vamos falar a seguir.
O que é o salário-maternidade?
Trata-se de um direito das mães que necessitam se afastar de seus respectivos trabalhos quando do nascimento do filho(a), aborto não criminoso e adoção ou guarda judicial com fins de adoção.
Assim, a solicitação do salário dependerá do tipo de trabalho realizado. Na hipótese de a mãe contribuinte trabalhar com registro formal de trabalho em determinada empresa, ela precisa informar o empregador, que fará o pagamento do benefício à empregada.
Para as demais contribuintes, o requerimento do benefício deverá ser realizado diretamente ao INSS, podendo ser feito através do Portal Meu INSS ou pela central telefônica 135, não havendo necessidade de se dirigir pessoalmente a uma agência.
Quem tem direito ao salário-maternidade?
Algumas situações garantem o salário-maternidade levando em consideração o afastamento materno.
O benefício poderá ser concedido nas seguintes situações:
- nascimento de filho(a), até 28 dias antes do previsto para o parto;
- aborto não criminoso – a partir da ocorrência do aborto;
- adoção ou guarda judicial com fins de adoção – a partir da adoção ou deferimento da guarda.
Quanto tempo dura o benefício?
O prazo de recebimento do benefício será de 120 dias nos casos de parto, de adoção ou guarda judicial para fins de adoção (desde que a criança conte com até 12 anos) e de natimorto. Na hipótese de aborto espontâneo ou permitido por lei, o prazo será de 14 dias.
Em casos de empresa-cidadã, o período pode ser estendido para até 180 dias.
Quando o benefício pode ser negado?
Não é comum de acontecer, mas é uma possibilidade. Algumas hipóteses, como o caso da empregada grávida ter sido mandada embora durante a estabilidade gestacional. Apesar de ser ilegal, pode acontecer.
O motivo do indeferimento do pedido é que o empregador acaba por custear o tempo de afastamento da empregada e depois é restituído pelo INSS. Se não há empregador pagando, o INSS nega o pedido.
Em situações dessa natureza, a empregada precisa buscar orientação de um profissional para reaver seus direitos perante a empresa que a demitiu.
Ainda, outra hipótese é de quando o contribuinte não respeita os requisitos necessários para concessão do pedido, tais como o prazo de carência de 10 meses para as contribuintes na modalidade individual, facultativa ou especial.
Ademais, pode acontecer o indeferimento do pedido das trabalhadoras rurais que não conseguiram comprovar o trabalho rural. Salientando a importância de se atentar sempre à documentação que comprova a atividade rural.
Por fim, é possível que a empregada, apesar de realizar o requerimento do salário-maternidade, acaba por continuar a exercer sua atividade laborativa. Lembrando que o benefício serve para a empregada se afastar das suas atividades laborais, considerando a incapacidade relativa ao trabalho. Caso ocorra essa situação, a empregada deverá comprovar o afastamento.
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