Maioria dos MEIs não tem nenhum funcionário, apesar do crescimento expressivo

 Com uma taxa de desemprego elevada nos últimos anos, milhões de brasileiros decidiram empreender por necessidade diante de um mercado de trabalho cada vez mais complexo. Diante disso, o número de Microempreendedores Individuais (MEIs) disparou nos últimos 10 anos, conforme indica o Atlas dos Pequenos Negócios, elaborado pelo Sebrae.



O número de MEIs passou de 2,6 milhões para 11,3 milhões, um incremento de 323%, de 2012 a 2021.

Apesar deste crescimento considerável, a qualidade destes empreendimentos é questionável, uma vez que nove em cada dez donos de negócios no Brasil não têm funcionários. Sendo que os empreendedores que trabalham por conta própria e desenvolvem todas as funções dentro da empresa, desde o investimento até a venda ou prestação de serviço.

O levantamento mostra que, em 2022, considerando a renda dos MEI em atividade, esse perfil de empreendedor gera, todos os meses, R$ 11 bilhões com o seu trabalho. O que significa que, no período de um ano, os MEIs sozinhos injetam R$ 140 bilhões na economia brasileira. 

Segundo o Sebrae, os números são baseados na PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Deste modo, eles consideram apenas empreendedores no geral, sem avaliar o tamanho do empreendimento, explica o analista de gestão estratégica da entidade Denis Nunes ao jornal Estado de São Paulo. 

De acordo com ele, o cenário de não ter empregados é a síntese do MEI brasileiro, porém isso não quer dizer que todos estejam formalizados dessa forma, com CNPJ aberto.

O Atlas dos Pequenos Negócios também revela que aumentou o número de trabalhadores por conta própria no Brasil cresceu 26%, passando de 20,5 milhões para 25,9 milhões.

Apesar do crescimento expressivo, o Sebrae aponta que os dados sobre os empreendedores revelam que ainda há um espaço enorme para o crescimento de microempreendedores individuais diante da quantidade de trabalhadores por conta própria no Brasil. Assim, há margem para o crescimento de MEIs.

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